sábado, 18 de abril de 2015

Respostas das questões sobre o texto "Bah chega de confusão", Kledir Ramil.


Respostas possíveis:1. Kledir Ramil procura caracterizar cada fala regional pelas diferenças de pronúncia (a pronúncia de 's' e 'r' no Rio de Janeiro; do 'r' no interior de São Paulo; do 'e' antes de consoante nasal na cidade de São Paulo; a entonação nordestina; a eliminação de sílabas finais em Minas) e de vocabulário (em Minas, no Nordeste e em Florianópolis).


2. O autor procura garantir que o leitor reconheça a fala de um carioca a partir da descrição bem humorada da pronúncia dos sons 'r' e 's' pelos cariocas: "além de arranhar a garganta com o erre, você precisa aprender a chiar que nem chaleira velha". Como acontece com as piadas, a graça da caracterização desse dialeto deriva da visão estereotipada do carioca como alguém que "força" a pronúncia desses fonemas ("e aí merrmão!"; vai rolá umash paradasch ischperrtasch".).


3. Uma explicação possível para esse aspecto do sotaque do paulistano poderia ser influência exercida pela pronúncia do português falado pelos imigrantes italianos. A ditongação do 'e' em 'ei' antes de nasal em final de sílaba é frequente nos bairros de forte presenaç da imigração italiana, como a Mooca, o Bixiga e o Brás. A expressão 'ôrra meu!', com o sotaque "carregado", é típica desses bairros.


4. O autor, em primeiro lugar, afirma que, no interior de São Paulo os falantes pronunciam "um erre enrolado", que "dá um nó na língua", referindo-se ao 'r' denominado, comumente, de caipira. Para marcar, graficamente, a diferença entre essa pronúncia e a dos cariocas, o autor usa uma sequência de três erres ("a Ferrrnanda marrrcô a porrrteira"), em lugar de apenas dois utilizados para o erre carioca ("merrmão").Ele faz essa afirmação porque, no inglês norte-americano, a pronúncia desse 'r' mais marcado (retroflexo) é representativa da norma; portanto, os falantes do interior de São Paulo não teriam dificuldades em aprender esse aspecto da pronúncia do inglês norte-americano padrão.


5. Segundo o texto, o falar mineiro seria caracterizado pelo fato de os falantes "engolirem letras" (na verdade, na maioria das vezes, eles eliminam sílabas inteiras, na pronúncia): 'Mins' em lugar de Minas; 'Belzonte' em vez de Belo Horizonte; 'Nossenhora' em lugar de Nossa Senhora; 'Doidemais' em vez de doido demais. Além disso, o autor ainda afirma que é comum o uso do vocábulo 'trem' para designar coisas ou objetos. Ainda é possível notar as expressões 'demais da conta' e 'sô' como características do falar mineiro.


6. O autor chama de "simpáticas" as diferenças de vocabulário que caracterizam a variedade falada em Florianópolis: lagartixa é 'crocodilinho de parede'; helicóptero é 'avião de rosca'(roshca); carne moída é 'envelope de boi ralado'; telefone é 'poste de prosa'; ovo é 'semente de galinha'; e motel é 'lugar de instantinho'.
No caso da fala de Florianópolis, observamos que o autor faz uma avaliação positiva das suas características específicas. Chega a afirmar que eles "têm o linguajar mais simpático da nossa língua brasileira".


7. Talvez o autor não se dê conta, mas sua visão sobre esses falares é sim, preconceituosa. Para percebermos como o preconceito se manifesta no texto, basta recuperarmos a caracterização que faz de alguns deles: a fala dos cariocas é descrita como uma "chaleira velha"; os paulistas teriam um "um erre todo enrolado"; os mineiros "engolem letras". Em todas essas caracterizações, há uma conotação fortemente negativa e estereotipada.

quinta-feira, 26 de março de 2015





Para os segundos anos. Localize um vocativo e atribua o valor semântico.

Joana Francesa 

Chico Buarque


Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise
Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

sábado, 14 de março de 2015

Para os segundos anos:



                 Sintaxe À Vontade

O Teatro Mágico

Sem horas e sem dores,
Respeitável público pagão,
Bem-vindos ao teatro mágico.
A partir de sempre
Toda cura pertence a nós.
Toda resposta e dúvida.
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser,
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado,
Nem tampouco a frase, nem a crase, nem a vírgula e ponto final!
Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas,
E estar entre vírgulas pode ser aposto,
E eu aposto o oposto: que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples.
Um sujeito e sua oração,
Sua pressa, e sua verdade, sua fé,
Que a regência da paz sirva a todos nós.
Cegos ou não,
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para nossa oração.
Separados ou adjuntos, nominais ou não,
Façamos parte do contexto da crônica
E de todas as capas de edição especial.
Sejamos também o anúncio da contra-capa,
Pois ser a capa e ser contra a capa
É a beleza da contradição.
É negar a si mesmo.
E negar a si mesmo é muitas vezes
Encontrar-se com Deus.
Com o teu Deus.
Sem horas e sem dores,
Que nesse momento que cada um se encontra aqui e agora,
Um possa se encontrar no outro,
E o outro no um...
Até por que, tem horas que a gente se pergunta:
Por que é que não se junta
Tudo numa coisa só?

Teça seu comentário a respeito do vídeo e da letra da música; deixe seu nome, nº e série.
Para os terceiros anos. resuminho sobre a Concordância Nominal:

Concordância Nominal

A concordância nominal trabalha a relação de um substantivo com as palavras (adjetivos, particípios, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos) que o caracterizam. Veja abaixo as principais regras:
1) Quando o adjetivo refere-se a apenas um substantivo ele concorda em gênero e número. Exemplos:
  • Os celulares barulhentos tocavam sem parar.
  • As pernas trêmulas apontavam seu nervosismo.
2) Para os adjetivos que referem-se a vários substantivos a concordância varia se o adjetivo estiver anteposto ou proposto a eles. Para o primeiro caso ele vai concordar em gênero e número com o substantivo que estiver próximo e quando ele estiver posposto o adjetivo concorda com o substantivo que estiver mais próximo ou com todos eles. Exemplos:
  • Compramos barato o carro e a casa.
  • Compramos baratas as roupas e os sapatos.
  • A padaria oferece pão e bolo gostoso.
  • A padaria oferece pão e rosca gostosa.
Obs: Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentes o adjetivo concorda no plural. Exemplo: Os maravilhosos João e Maria me visitaram no hospital.
3) Quando houver a expressão ser + adjetivo ele concorda como masculino singular se não houver nenhum modificador na frase. No entanto, se houver algum modificador o adjetivo deve concordar com o substantivo. Exemplos:
  • Caminhar é bom para o coração.
  • Esta caminhada é boa para o coração.
4) Para os casos em que o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais. Exemplo:
  • Eu as vi pela manhã muito misteriosas.
5) Para as expressões com pronome indefinido neutro (tanto, nada, muito, algo, etc) seguido da preposição "de + artigo" a concordância se dá para o masculino singular.
  • A rua tinha algo de fantasmagórico.
6) Quando a palavra só estiver na frase com sentido de "sozinho" ele adquire função adjetiva e concorda com o substantivo a que se refere. Exemplo:
  • Aline ficou só.
  • Aline e João ficaram sós.
7) Quando apenas um substantivo é alterado por mais de dois adjetivos no singular pode-se deixar o substantivo no singular e inserir o artigo antes do último adjetivo ou o nome vai para o plural e o artigo é retirado.

  • Adoro a comida argentina e a mexicana.
  • Adoro as comidas argentina e mexicana.
Para os primeiros anos:

A partir dos conceitos abaixo, exemplifique com outras palavras.

Encontros Vocálicos
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.
1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:

    a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
    Por Exemplo:

      sé-rie (i = semivogal, e = vogal)

    b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.
    Por Exemplo:

      pai (a = vogal, i = semivogal)

    c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.
    Exemplos:

      pai, série

    d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
    Por Exemplo:
      mãe

2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:
    Paraguai - Tritongo oral
    quão - Tritongo nasal
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo:

    saída (sa-í-da)
    poesia (po-e-si-a)
Para os terceiros anos:

A partir do conceito abaixo, exemplifique com imagens e justifique.

Cquote1.svg (...) signos são entidades em que sons ou sequências de sons - ou as suas correspondências gráficas - estão ligados com significados ou conteúdos. (...) Os signos são assim instrumentos de comunicação e representação, na medida em que, com eles, configuramos linguisticamente a realidade e distinguimos os objetos entre si. Cquote2.svg
Ingedore Koch

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Função metalinguística. Explique.

https://www.youtube.com/watch?v=VV1XWJN3nJo